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Zeta
Audentes fortuna iuvat.
Meu Diário
11/12/2024 20h49
Olá Poetas.

Olá, poetas que não amam, mas declamam suas paixões. Como estão? Provavelmente vocês não me conhecem, mas gostaria de compartilhar alguns dos meus poemas que criei para o livro "Poetas não amam, Poetas declamam." Até o momento, publiquei alguns deles, e se gostarem, gostaria de saber o que sentiram ao lê-los.

 

No entanto, meu objetivo aqui é outro: quero discutir essa frase intrigante, "Poetas não amam, Poetas declamam." Passei muito tempo refletindo sobre ela, revisitando poetas históricos e minha própria experiência de vida. Não sei se posso me chamar de poeta, pois apenas brinco com algumas rimas e versos, mas algo me chamou a atenção: todos podemos ter os dons de poeta em algum momento da vida, em que experimentamos grandes emoções. No entanto, é um estado temporário, e após essas grandes emoções, você "perde" o "dom."

 

O verdadeiro poeta, ao que parece, é alguém que desde sempre, desde sua essência, vive de ilusões. Como se para suprir a falta de algo, ele criasse para si ilusões, muitas vezes se perdendo dentro de seus próprios personagens e sentimentos inventados. "Alguns não nascem poetas, mas se tornam."

 

Vou relatar minha experiência de forma crua e honesta. Sempre fui o quieto e pouco notado, muito por culpa minha, pela minha "natureza", se assim posso chamar. Sempre observando de longe, imaginando muito e agindo pouco. Muitas das minhas desilusões amorosas nem foram tão grandes, a maioria delas deu errado por culpa minha. Posso contar nos dedos as mulheres por quem me apaixonei e tentei conquistar, mas sempre acabava distante e frio em algum momento, inexplicavelmente, sempre olhando de fora como se fosse uma terceira pessoa, obcecado apenas pelo que não podia ter.

 

No meu imaginário, algumas de minhas paixões momentâneas foram tão malucas e inesperadas, mas serviram de combustível para muitos poemas. Um deles é "Lamúrias Rastejantes" Fiquei perdido em um amor platônico, mas ao escrever, esse sentimento foi se reduzindo. O amor platônico ainda existe, mas veja como é engraçado: uma outra jovem com todas as qualidades que gosto se aproximou com segundas intenções, e esse amor platônico antes caótico, que me deixava maluco, desapareceu temporariamente.

 

Resumindo, ou melhor, tentando explicar: o poeta gosta de ilusões e as usa como combustível para suas obras, algumas intencionais, outras não. Algumas como alívio, outras como profissão. A verdade é que poetas são complexos e contraditórios, e não saberia chegar a uma conclusão definitiva. "Poetas não amam, Poetas declamam" não é exatamente uma mentira, mas não acredito que esteja próxima da realidade.

 

Diz para mim, poeta desconhecido, o que pensa sobre essa pequena loucura e desrespeito a mim e a todos compartilhado?

Publicado por Zeta Rodriguez
em 11/12/2024 às 20h49